MESA-REDONDA

PASSADO, PRESENTE E FUTURO:

OS DESAFIOS DA LEITURA PÚBLICA EM PORTUGAL

 

“Um País, uma cidade que não acarinha, que não cuida das suas bibliotecas, é uma Democracia sem abrigo.”

 

Henrique Barreto Nunes

 

 

Foi com particular prazer que assisti à mesa-redonda “Passado, Presente e Futuro: os desafios da leitura pública em Portugal”, com bibliotecários de excelência (Manuela Barreto Nunes, Maria João Sampaio, Maria José Moura e Henrique Barreto Nunes) no dia 6 de Dezembro de 2012, uma actividade incluída no “V Encontro de Serviços de Apoio às Bibliotecas Escolares”, realizado na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e incorporada no âmbito das comemorações do centenário da mesma. E mais satisfeito ainda fiquei por ter escutado uma ideia comum a estes bibliotecários de excelência: o papel das bibliotecas públicas na comunidade em que estão inseridas através do fundo local, o qual é gerador de cidadania, promotor da inclusão e de exclusão social; e, paralelamente, ao que ouvi, o Fundo Local como memória e desenvolvimento, o Fundo Local deve ter um papel predominante na investigação para a promoção da identidade, num plano não só local, mas igualmente regional e nacional, por um lado, e internacional, por outro lado. Fica aqui o desafio para a promoção, e a urgência, de um encontro nacional de fundos locais existentes na rede de leitura pública, para se defender a fantástica ideia lançada por Henrique Barreto Nunes em 1988, precisamente em Vila Nova de Famalicão e nas comemorações dos 75 anos da Biblioteca, a ideia do depósito legal local. Passada que está a euforia inicial da Rede de Leitura Pública, o que se escutou foi a redefinição do papel das bibliotecas públicas no legado humanista do Manifesto português de 1983 e do da UNESCO de 1985, nomeadamente no seu papel social. E se, de facto, a República assumiu a leitura pública, fracos foram os investimentos. Neste caso, o exemplo de Vila Nova de Famalicão perante a fundação da sua Biblioteca, em 1913, ela nasceu não de fundos governamentais, mas pelo civismo da comunidade que, diga-se, entre republicanos e monárquicos, e de outros cidadãos, doaram não só livros como dinheiro, assim como material para a sua fundação.

A moderar a mesa, e na apresentação dos respectivos bibliotecários, esteve Maria João Sampaio, que salientou que o projecto cultural da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco que continua com “uma maior dinâmica e dimensão, que faz com que Famalicão seja um município exemplar ao nível do desenvolvimento da educação e das políticas culturais”. Partilho o resumo dos intervenientes. Tem fotografias do momento.

MR.pdf (612,6 kB)

 

 

 

 

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